Vivam!
Parece-me haver por aqui algum contágio!
A minha GTS está com 2500 kms e já cheguei à conclusão que de facto não me serve! Para circular por aqui, dentro da terriola, é de facto uma maravilha, Mas quanto tenho de sair, ela grama quase sempre com 200 kms de cada vez, acabando sempre por me surpreender pela positiva. A facilidade com que ela mantém as velocidades de cruzeiro 80-100 kms/h fascina-me. No entanto, chego sempre todo partido ao final!
Usar a GTS para uma utilização para a qual não foi concebida é doloroso.
Já tive oportunidade de o referir, se tivesse optado pela 300 já me tinha causado problemas. Curvas consecutivas, travagens, ventos laterais, protecção aerodinâmica… são detalhes algo assustadores para as velocidades de cruzeiro referidas.
Já decidi há algum tempo trocar por outra mota que me facilite a vida nas minhas deslocações habituais.
É aqui que reside o problema! A questão da carta não é um deles, mas sim na opção scooter ou mota. Considerando as scooters como opção, esta terá de se rever nas características dos trajectos que frequentemente uso, por causa da transmissão CVT. Isto é, se utilizar uma 500 cc, por exemplo, fora de auto-estrada dificilmente desfrutarei das reais potencialidades da scooter, relativamente à desmultiplicação da transmissão, se utilizar uma 125 cc corro o risco de rodar frequentemente na rotação máxima.
No caso das motas, a caixa de velocidades vai naturalmente colmatar grandemente esse detalhe, posso sempre usar uma relação de transmissão mais alta numa rotação de motor mais baixa. Neste caso, penso que se transforma tudo um pouco ao contrário das scooters.
Outra parte do problema é a protecção aerodinâmica. Neste ponto as motas têm grande dificuldade em bater as scooters, para não falar na indiscutível capacidade destas no transporte de bagagem, só as motas grande turismo o fazem bem, mas muito caras.
Descrevo aqui o que tenho pensado relativamente às opções, entenda-se que são meras opiniões pessoais e, exclusivamente por isso, muito susceptíveis de críticas:
Gilera GP 800: nunca iria retirar mais de 50% do que a máquina me oferece e pelo preço desta teria dezenas de motos à escolha. Os custos de manutenção também não me serão nada favoráveis. Duas velas por cilindro e uma transmissão muito complexa são indicadores de facturas pesadas.
Gilera Nexus 500: raramente retiraria mais de 75% das potencialidades da máquina e, para além disso e olhando às características desportivas da mesma, tem o assento duro, suspensão seca demais e posição de condução que não favorece a desportividade da mesma, prejudicando o aspecto aerodinâmico.
Yamaha T-max 500: repito o que referi sobre a Nexus 500, com uma agravante: os custos de manutenção que serão talvez mais elevados, por se tratar de uma dois cilindros.
Yamaha Majesty 400 (2010): máquina que se aproxima das minhas necessidades. No entanto é muito pesada para uma utilização aqui na terriola, característica que dificultará as recuperações nas subidas e saídas das muitas curvas da minha região e também os consumos.
Yamaha X-max 250 (2010): não me trazia grandes vantagens, apenas disponha de mais velocidade de ponta e melhores recuperações. Assim, prefiro manter a GTS 125.
Honda SW-T 400: Muito parecida com a Majesty, com a agravante dos custos de manutenção por ser bi-cilíndrica.
Sobre Kymco e SYM não tenho qualquer opinião, apesar de ter tido uma Sym Fiddle 125.
Restam-me então quatro alternativas:
Piaggio XEvo 400: mais leve que as 400 referidas, boa capacidade na questão de bagagem, performances que me agradam e dentro do meu alcance. No entanto, tem detalhes que me desagradam. A protecção aerodinâmica produzida pelo pára-brisas não me parece ser a ideal, produzindo grande turbulência na região do capacete e as escolhas de uma futura topbox muito limitadas, apenas a Piaggio disponibiliza um sistema de fixação basculante para se abrir a tampa da mala traseira totalmente. A Givi também disponibiliza um suporte mas, para além de colocar a topbox muito elevada, permite apenas a abertura em 19 cm da tampa da mala da Xevo. Um último detalhe, desatino com o guarda-lamas dianteiro, não acompanha o movimento da direcção.
Piaggio X7Evo 300: em termos de performance satisfaz-me perfeitamente. Falta apenas “esmiuçar” o conforto de rolamento e o aerodinâmico. As medições que li desta scooter deixam-me grandemente tentado:
0-50 mts: 4.8 seg.
0-100 mts: 7.2 seg.
0-1000 mts: 34.6 seg.
0-40 kms/h: 2.5 seg.
0-100 kms/h: 11.2 seg.
Velocidade máxima: 132 kms/h
Os dados foram lidos em http://edimoto.pt/on-line/scooting/Main.php?MagID=1&MagNo=2. Registo apenas que a velocidade máxima poderá ser ocasionalmente um problema.
Assim, voltando um pouco atrás para justificar o meu afastamento das scooters mais caras sobre e concluir as restantes duas opções, tenho a possibilidade de comprar a Honda NT 700V Deauville e a BMW F 800 ST pelo preço de uma GP 800 ou T-Max 500.
Resumindo a “posta”, a Vespa GTS tem-se portado à altura do que lhe tenho exigido, mas acho que lhe tenho pedido que faça o que não lhe estava destinado. Tenho agora que tentar desfazer as dúvidas relativas às quatro opções. No entanto, uma coisa é certa trocar a GTS 125 pela 300 está fora de questão, a GTS 125 já me pregou alguns sustos!
Cumprimentos
A Vespa é simplesmente imbatível na cidade! É também adequada a trajectos na orla da cidade mas quando se circula mais de 20km em AE a viagem torna-se mais cansativa.
Eu sofro mais com a dureza da suspensão frontal do que com qualquer rajada de vento lateral.
É uma questão de tempo até a vender, com muita pena minha
A propósito da substituta, estou definitivamente interessado na Gilera GP800, por todas as razões, racionais e puramente emocionais.
Acho q estás bem inclinado Iuri. A GP800 parece ser uma bela máquina!
Para mim, para o uso que dou já é mota a mais!
Mas realmente preciso de mais força na mota, daí a opção por manter-me fiel à Vespa fazendo o upgrade a 300.
Vamos ver o que acontece
Cumprimentos
Olá
Da minha parte, agradeço os bons momentos aqui passados e muitas felicidades para a nova montada.
Uma Honda NT700V Deauville vem a caminho destes lados e a Vespa terá novo dono dentro de alguns dias certamente.
Permita-me terminar com outro slogan:
Vivamos nós para vermos Vespas durante muitos anos
Aquele abraço.
Olá.
Referi isso para justificar a minha boa opção quando comprei a GTS 125 Super e, mais tarde, para indicar que a GTS 300 Super estava fora de questão, enquadrando, ainda, na utilização que dou à scooter.
De facto, a GTS 125 Super ie anda demais para a utilização que lhe dou. Andar nos centros urbanos é qualquer coisa de fenomenal. Fora destes, nas estradas nacionais do norte, com curvas fechadas consecutivas e rectas por vezes rápidas, os princípios que estiveram por base da criação da scooter começam a revelarem-se evidentes.
Assim, a circular nas velocidades onde o motor da GTS se sente muito bem, entre os 80 e os 100 Kms/h, senti o seguinte:
- Muito sensível aos ventos, tinha de estar sempre muito atento à trajectória da GTS nas rectas;
- A suspensão da frente não respondia às necessidades na travagens de emergência;
- O sistema de travagem não primava pela progressividade;
- Nas curvas para o lado esquerdo o descanso central bateu por várias vezes no asfalto;
- A suspensão nas responde minimamente nas estradas e curvas com piso mais irregular.
Dentro das cidades as GTS é de facto fabulosa, apenas nas ruas com pavimento de paralelos requer muito cuidado na condução.
Resumindo, a GTS não foi concebida para a utilizei que lhe dava. É nas passeatas calmas nos belos dias de fim-de-semana e nos circuitos diários urbanos que ela se sente como peixe na água.
Por fim, se a GTS 125 Super para mim já anda demais, a GTS 300 Super, com um binário brutal e com mais de 22 CVs, será certamente uma máquina muito para além das minhas possibilidades.
A GTS não teve culpa nenhuma de eu lhe ter dado uma utilização para a qual ela não foi projectada .
Veja por favor o vídeo da 1ª viagem da minha GTS 125 Super:
&feature=fvsr
A Vespa é simplesmente imbatível na cidade! É também adequada a trajectos na orla da cidade mas quando se circula mais de 20km em AE a viagem torna-se mais cansativa.
Posso discordar? eh eh eh
Faço cerca de 50km todos os dias com a minha PX, 30 dos quais em AE e não me queixo nada! Ando devagar, mas dá um grande gozo!
Registo: Oct 01, 2008 Mensagens: 185 Local/Origem: Corroios
Colocada: Sex Mai 14, 2010 - 9:50 am Assunto: .
Dobest, eu tenho uma GTS 300 e de uma maneira geral estou satisfeito.
Para quem passou de uma Sprint com 42 anos para uma GTS, as diferenças são abismais...
Concordo contigo na questão do amortecedor dianteiro (mola = fraco amortecimento) e na travagem que poderia ser um pouco mais progressiva (pelo menos atrás)...
É algo a rever quando houver disponibilidade (€€€€) para tal...
Referes a questão do vento e do descanso central.
Eu todos os dias atravesso a ponte 25 de abril (que prima pela enorme ventania que algumas vezes acontece) e nunca tive problemas, comparando com a Sprint. Em relação ao descanso central, nunca toquei com ele no chão. Só mesmo com o lateral e com pendura...
Tal como o PEstevao refere, também percorro todos os dias cerca de 50km, alguns deles na A5... Aqui, as diferenças para a Sprint acentuam-se de que maneira... Mais conforto, mais velocidade de ponta, mais estabilidade...
Aquando da compra da GTS, ponderei (poucos segundos) ir para uma maxiscooter, mas percebi logo que não era aquilo que queria. Costumo dizer que andar de maxiscooter é o mesmo que andar sozinho numa bicicleta-tandem (vulgo, 2 lugares)... A GTS no meio do trânsito é imbativel... Muito manobravel, rápida e poupadinha...
A primeira é a primeira.
Passados 3 anos e meio após a abertura deste DB, depois de ter circulado mais de 2 anos numa Gilera GP800, em Dezembro de 2012 vendi-a e comprei uma Yamaha Tmax 530 ABS.
E volto aqui porquê? Porque espero um dia voltar a ter uma Vespa, não para substituir a maxi-scooter, mas para a "complementar".
A primeira é a primeira.
Passados 5 anos após a abertura deste DB, depois de ter circulado mais de 2 anos numa Gilera GP800, e cerca de 3 anos numa Yamaha Tmax 530 ABS, em Setembro de 2015 saltei para uma Yamaha FJR AS.
E volto aqui porquê? Porque espero um dia voltar a ter uma Vespa, não para substituir a mota, mas para a "complementar".
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